quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 

NOSSOS RIOS:MORTOS MAIS NOSSOS.

Caminhos do Meriti e Pavuna


A cidade histórica de São Sebastião do Rio de Janeiro tem uma hidrografia de provocar inveja a muitas cidades. Só em nossa querida cidade, existem 267 rios, isso mesmo! O que chamamos de “valão”, na verdade são rios que um dia teve vida e foram navegáveis.

Rios esses que forneceram peixes e formas de transporte numa época que estradas mal existiam e a forma mais simples de se chegar ao centro eram através de pequenas e médias embarcações. Até o começo do século, esses rios eram usados pelas populações locais como fonte de alimento e para curtir um belo dia de sol.

Faria- Timbó, Irajá, Pavuna, Meriti , Carioca e tantos outros que hoje estão maltratados, abandonados em meio a comunidades, largados pelo poder público e poluindo a cada dia que passa a nossa sofrível Baía de Guanabara.

A importância desses filhos da natureza era tanta que páginas inteiras de jornais eram dedicadas  ele e hoje mostrarei uma reportagem descrevendo com detalhes alguns desses filhos da terra.

 

 

A CARETA 1933

O Rio Pavuna também denominado S. João de Meriti desenvolveu-se na planície de Irajá, formado por uma parte de extensa bacia hidrográfica do rio Meriti e bacia do Irajá. O rio nasce num Igapó situado próximo da estrada de rodagem da Cancela Preta e Carrapato, nas fraldas do morro do Santo; e desenvolveu-se em torno dos morros do Bernardo, do Nazaré, do Maio e do Botafogo, lançando se no rio Meriti após um percurso de quase 14 quilômetros. O Rio Pavuna corre paralelo ao canal do mesmo nome desenvolvido em tangente entre a povoação da Pavuna e a confluência da Pavuna com Meriti, na extensão de 3.800 metros.

O rio Pavuna atravessa a estrada de ferro Central do Brasil , Linha Auxiliar e Rio D’Ouro recebendo pela margem direita o riacho Acari entre as localidades de Areal no Distrito Federal e a da Pavuna no Estado do Rio; e pela mesma margem nele despeja o córrego Cabral , situado entre a estrada do mesmo nome e estrada São Bernardo.

O rio Pavuna era outrora navegável (pelo jeito já em 1933 não era mais) na extensão de 4 km, compreendidos entre o seu porto e a foz do Meriti.

O rio Pavuna e o Canal do mesmo nome servem limites geográficos entre o Estado do Rio de Janeiro e o Distrito Federal.

O rio Meriti tem origem as vertentes dos morros da Cruz e da Pedra Rasa em Irajá e depois de receber as águas dos Rios das Pedras e Sapopemba, desenvolveu-se através da grande baixada até se reunir ao Pavuna, dai prosseguindo com o nome São João de Meriti, desagua finalmente na enseada de Irajá, na Baía de Guanabara, fronteiro da ilha de Saravatá, após um desenvolvimento de 16 km.  O Rio separa o distrito federal da comarca de São João de Meriti e atravessa a linha Auxiliar, a Rio d’Ouro e a Leopoldina.

È bom esclarecer que COMARCA SIGNIFICA:

-Uma comarca é um termo originalmente empregado para definir um território limítrofe ou região fronteiriça. Também pode receber os nomes de distrito ou bisbarra.


VIDEOS SOBRE A HISTORIA E A ATUALIDADE DOS RIOS .


PAVUNA :https://www.youtube.com/watch?v=teQaDdECvdg

MERITI :https://www.youtube.com/watch?v=7uLPQ_L13Qk

NASCENTE DO PAVUNA:https://www.youtube.com/watch?v=IDnTBdG3WKg

MERITI: https://www.youtube.com/watch?v=VuGB1xvliLk

Um comentário:

  1. Nossos rios devem sempre ser lembrados. Parabéns Historiador Paulo pela excelente postagem!

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