quarta-feira, 30 de maio de 2018


O homem famoso de Bráz de Pina : Otton da Silva e Souza


Introdução 

O subúrbio carioca está cheio de personagens desconhecidos do público em geral, mas que tiveram grande importância para seus bairros. Famílias poderosas como os Lobos , os Bonavitas e os Regos sempre comandavam e trouxeram melhoramentos para os bairros, abrindo ruas, trazendo trem e iluminação pública.
Hoje vamos ver um pouco sobre um homem que mudou Bráz de Pina, revolucionou a educação suburbana e lutou para os melhoramentos necessários para nossos bairros.  
  



Sua história



Otton nasceu no bucólico bairro de ramos, na Rua Miguel Ferreira nº 112, na 2ª casa coberta de telhas francesas que foi construída no subúrbio da Leopoldina, lugar então chamado Praia Pequena, onde passava o trem da E. F. Rio D’ouro.

Infelizmente o pequeno Otton ficou órfão aos dois anos de idade. Perdeu seu pai Dr. Teodorico da Silva e Souza, médico que teve a honra de ser o orador oficial na festa da passagem do 1.° trem da Leopoldina Railway, vindo da então Estação inicial de S. Francisco Xavier, quando. o tráfego da cidade ainda era feito por "bondes de burro" como eram chamados os veículos de tração animal na época.

 O SR. Teodorico  era tão querido e chegado do povo  que, na data de sua morte, em 1905, foi fundado o Congresso Beneficente Dr. Teodorico de Souza, existente até hoje na Rua Coronel Figueira de Melo, 393, S. Cristóvão.

 Menino pobre, viveu sua infância morando perto da   Estação de Bonsucesso, morando nas casas do Chico Rosa(antiga Estrada da Penha, hoje Avenida dos Democráticos, 805/807),onde o garoto recebia o incentivo dos Drs. Teixeira de Castro e Senhora D Eugênia, Salustiano dos Santos Guerra e sua Sra. D. Mariazinha, os Srs. J. J. Araújo, Joaquim Dias de Amorim (o velho Amorim que permitiu o corte em suas terras para a passagem do 1º trem, sendo feita uma Parada Amorim, hoje de nome mudado para Manguinhos). Ele conviveu com pessoas que o influenciaram a ser uma pessoa capaz de vencer na vida, mesmo com as dificuldades diárias de uma infância pobre. 

Mudou-se para o bairro de Ramos, foi aprovado no  Externato do Colégio Pedro II onde teve influências de colegas como  o estimado médico Dr. Adernar Pinto, que depois dos estudos no colégio , foi direto  para a Faculdade de Medicina, tendo apenas 16 anos de idade.
Em destaque , outros ilustres suburbanos que Otton teve convivência e ajudaram a formar o homem famoso de Brás de Pina.

Em Ramos, OTTON SILVA E SOUZA- foi animado pelas palavras de confiança em seu futuro, do velho funcionário postal Tavares Campos, do Dr Euclides Faria, do Major Nestor Brito (iniciador da Igreja N. Sra. das Mercês na casa do sogro de OTTON SILVA E SOUZA), Prof. Lacé Brandão, do Sargento Ferreira (instituidor da irmandade religiosa de Ramos na Rua Sargento Ferreira, hoje, João Romariz, do Sr. Manoel Canejo (animador dos Pronptos de Ramos e do Ramos Clube) com Olímpio Caníné, a família Pinho França, Edgard Magalhães, Cirenio Moreira, Dr. Acácio Toledo, a família Temporal, Ernani Vasconcelos, Alberto Braga, Sebastião de Carvalho, tragicamente desaparecido e tendo uma Rua corn seu nome por seu valor de moço trabalhador e amigo da coletividade, Sr. Oscar Moura (o gigante dos Endiabrados de Ramos) Prof. Edmundo, Dr. Silvio e Silva, Sr. Antônio Adonias, da família Cardoso (ó agente da estação) Dona Valentina (agente dos Correios) das famílias Pereira Landim, Godofredo Silva, Desembargador Gustavo Farneze, Teimo Silveira, Prof.ª Brama de Mattos, Edgard, Nelson e Edison Ferreira, da família Fortuna e ainda outros como Mário Soares Pinto, Presidente do Ramos F. C. de que OTTON SILVA E SOUZA foi vice-presidente por largo tempo.( site História da Leooldina).

Jovem e com poucas finanças, iniciou sua vida de trabalhador aos 18 anos, nesse mesmo período , ingressou na faculdade tornando-se acadêmico e fez várias provas, uma dessas provas foi aprovado e nomeado funcionário da Alfândega do Rio de Janeiro onde conheceu excelente pessoas .
Morou em Olaria e depois na Penha onde teve uma relação de boa amizade com o abolicionista e famoso  Padre Ricardo.

Ainda jovens participou de um grupo responsável  por cuidar da região suburbana, chegando a ser vice –presidente e depois presidente do Centro de Melhoramentos, que  também teve com presidente   Batalhador Domingos Vassalo Caruso, pioneiro dos cinemas da Leopoldina .
OTTON  cursou Farmácia, Medicina, Filosofia, Direito e Jornalismo. É professor, jornalista e advogado. É conferencista internacional, tendo realizado há pouco tempo longa viagem cultural pela Europa e Estados Unidos da América do Norte.(história da Leopoldina)

Foi  Diretor Fundador do Ginásio Pedro I, do Colégio Pedro I da Escola Comercial Pedro I, da Escola Técnica de Comércio Pedro I, da Escola Primária Pedro I., teve a sua primeira unidade em Bráz de Pina e depois se expandindo para Ramos e Bonsucesso . Ligado aos esportes( mas precisamente o futebol ), foi um dos mais importantes presidente do Olaria e lá conviveu com o grande Àlvaro da Costa Mello, que foi seu grande opositor  políticos . fez parte dos quadros sociais de clubes como : Social Ramos Clube, do Iate Clube de Ramos, do Suruí A. Clube, do Paranhos E. Clube, do E. C. Lígia, do Bonsucesso F. C, do 5 Unidos de Cordovil, do Centro Recreativo de Brás de Pina, do Lagea do F. C., Mangueira A. C., do Brás de Pina Country Club e do Santa Cruz F. C.

OTTON SILVA E SOUZA continua hoje tendo muitas amizades e são seus amigos de agora que relembrando alguma coisa que sabem de sua vida comparecem perante o público leopoldinenses para pedir o voto, pois que conhecem que se OTTON SILVA E SOUZA for eleito estarão elegendo um homem de bem, um modelar chefe de família, casado há 33 anos com a Professora Djanira Cunha da Silva sua dedicada consorte e orientadora técnica do ensino no Pedro I onde colaboram eficientemente suas noras Prof.ª Maria Luiza Araújo Silva e Souza e Prof.ª Marilda Castro Silva e Souza que em OTTON SILVA E SOUZA tem um pai e a quem já deram quatro inteligentes netos, portanto OTTON SILVA E SOUZA tem família respeitável e organizada, é um excelente amigo e um educador cheia de moço entusiasmo e de confiança nos destinos do Brasil.(história da Leopoldina).

Otton sempre foi um homem patriótico, amava seu país e tudo o que ele representava. Todas as datas comemorativas como 7 de setembro, 15 de novembro , aniversário de D. Pedro II, sempre conseguia de alguma forma homenagear . Era normal todos os anos, pequena tirinha de reportagens falando sobre isso.

O homem era tão importante para nossa localidade, que o “Diário carioca’ de 1 de dezembro de 1942, noticiou que o Otton realizaria uma cirurgia no hospital Evangélico e que todos torciam pela sua melhora. 

Essa figura icônica lutou sempre pela melhora não só da infraestrutura da Leopoldina e grande Leopoldina, mas foi figura importante para o crescimento da educação. Lutou quase a vida toda para que, uma educação de qualidade chegasse ao nosso subúrbio.








O HOMEM E SUA CASA- BRÁZ DE PINA, UM LUGAR CHIC.
Vamos antes, ver um pouco sobre a história do casarão, uns chamados de mal assombrado, outros de desperdício arquitetônico devido ao seu estado de abandono.

Segundo dizem alguns antigos foi construído durante os anos 1920, por um alemão que morava nas Laranjeiras e, apaixonado pelos ares suburbanos e quase rurais (na verdade ainda rurais), resolveu construir uma residência na parte alta do novo Bairro-Jardim. Já as fontes oficiais apontam com primeiro proprietário o Senhor Ruy Campista, grande fazendeiro e exportador de café da antiga república do café com leite.

Alguns anos depois, a casa foi vendida para Othon Silva e Souza, dono do colégio Pedro I(depois Máximus e agora CEI), que ao adquirir o imóvel tornou o local referência social, com grandes festas frequentadas pela elite carioca e sempre noticiada nos veículos responsáveis pelas fofocas. Nas décadas de 50 e 60, era constante o casarão aparecer nos jornais.











No meio dos anos 60, o senhor Othon vendeu a casa para Mario Lessa, grande empresário. Realizou obras na casa, aonde veio mudar janelas e as telhas, modificando um pouco o estilo inglês da construção. Ele mandou construir um elevador no meio da casa para sua esposa Noemia, que sofria do coração, porém, a obra não foi finalizada devido ao falecimento dela. O atual dono é um senhor chamado Nildo que comprou a casa para ele e a família, mais com a crescente onda de violência ele acabou desistindo e colocando a casa a venda.






Sua casa em Brás de Pina se tornou o local onde a elite social carioca passou a frequentar para festas, enterros e ações sociais. Otton era uma pessoa que amava o subúrbio, fazia de tudo para que, aquele lugar, se tornasse  um lugar melhor para todos. Tanto que na sua casa, ele comandava e fazia reuniões com o grupo de melhoramentos da Leopoldina, onde ilustres pessoas do povo se reuniriam para discutir e debater  os melhoramentos necessários , políticos , líderes de associações , todos constantemente estavam presente ali para ajudar os bairros.
Como Eu escrevi acima, a casa era  local de recepções e festas, no dia 18 de fevereiro de 1948,o periódico “Anoite” noticiava o aniversário de casamento do Otton e seu grande amor, a Sra. Djanira cunha , onde convidados da alta sociedade carioca iluminariam as ruas do pequeno bairro com seu luxo.
“A Gazeta” de 8 de janeiro de 1950 , traz uma notícia de um banquete que seria promovido pelo Otton em homenagem a Fundação Otton da Silva e Souza , na 2rua Ourique 643, e aproveitaria para realizar a reunião do P.T.O- Partido Orientador Trabalhista.


O COLÉGIO PEDRO I EM BRÁZ DE PINA

OTTON SILVA E SOUZA foi o PIONEIRO do ENSINO SECUNDÁRIO nos subúrbios da Leopoldina onde o Colégio Pedro 1 foi o PRIMEIRO GINÁSIO reconhecido pelo Governo Federal, obtendo Inspeção Permanente. Lutando pela causa do ensino, diretor de colégio há 25 anos, vem OTTON SILVA E SOUZA proporcionando à Juventude Brasileira uma formação moral e intelectual aprimorada.(História da Leopoldina).







Vamos falar um pouco sobre o grande colégio Pedro I. Podemos dizer que era o grande ‘xodó’, pois era quase no seu quintal de casa, já que a linha férrea nem murada era.  O colégio tinha duas cedes ( depois apareceu a de Bonsucesso), a primeira na avenida Rio- Petrópolis 183 e a outra na Rua Uranos 733.
No jornal “O Suburbano” de 1941 relata o aniversário de 7 anos de fundação do colégio de Bráz de Pina ( 1934) e que haveria grande festa no casarão e festejos dentro do colégio. A sede de Ramos foi inaugurada  em 1937(17de dezembro).



Bibliografia
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