domingo, 25 de agosto de 2019

As Muitas Vidas do "Suburbano"

Em um dia quente e ensolarado em uma escola no Rio de Janeiro, a professora começa a sua aula com uma leitura de “O Cortiço”, de Aluisio de Azevedo. A história gira em torno das vidas dos moradores de uma casa de cômodos lotada de imigrantes portugueses, ex-escravos e mães solteiras, que moravam apinhados em apartamentos minúsculos,  ganhavam as suas vidas trabalhando como biscateiros, fazendo toda sorte de bicos, nas imediações do bairro, ou no Centro do Rio de Janeiro.





No livro, os dramas humanos dos moradores são pontuados pelas constantes brigas entre estes, geralmente tendo a intercessão da Polícia. Mas, se lermos com mais atenção, podemos perceber outras coisas.


A primeira delas é a convivência dos moradores daquele cortiço com os moradores mais antigos do bairro de Botafogo, e ela não era nada tranquila. Estes antigos moradores eram membro de uma camada de ricos comerciantes e proprietários que deixaram as suas casas no Centro da cidade do Rio de Janeiro, na época em que ela era ainda a Corte da única monarquia das Américas.

 Estes abastados moradores foram encontrar em Botafogo a calma e a paz de viverem em ruas arborizadas e largas, longe do barulho do comércio de vendedores ambulantes e pretas minas vendendo doces e refrescos. Buscavam enfim, aquilo que hoje chamamos de “qualidade de vida”.

Desde a década de 1860, cada vez mais moradores iam buscar em Botafogo, a tal “qualidade de vida” que o centro do Rio de Janeiro perdera desde há muito. Morando em chácaras com enormes quintais e pomares, estes moradores orgulhavam-se de serem “suburbanos”. Moravam, diziam eles, nos “arrabaldes” da cidade, um meio caminho entre a “roça”, onde se localizavam os distantes campos das fazendas da Lagoa, ou da ainda mais distante Zona Oeste. Na época, não havia nenhuma conotação pejorativa em ser “suburbano”, muito pelo contrário. Esta denominação era carregada de um significado muito diferente do que existe hoje.







 O romance de Aluisio de Azevedo conta a história em que o pacato bairro de Botafogo começava sofrer os efeitos da urbanização e da industrialização.Tal como hoje, o Centro da jovem república brasileira foi alvo de uma verdadeira cirurgia urbana, a “Reforma Pereira Passos”. Tal como hoje também, a ideia era “revitalizar” o centro, tirando da sua paisagem o aspecto de cidade colonial.

Mas mesmo com todas as reformas de revitalização, o Centro do Rio de Janeiro era o local onde a maior parte da população da capital federal vivia e trabalhava. Na época, a cidade era dividida em circunscrições denominadas “freguesias”, diferentes da atual divisão em “bairros”. Uma “freguesia” era uma divisão administrativa tomada de empréstimo da organização burocrática Igreja Católica, que tinha sua sede na igreja matriz da paróquia local.

A freguesia de Sant”Anna era a região mais densamente povoada da cidade, e muito provavelmente do Brasil. Era uma área que compreendia a atual Avenida Presidente Vargas, onde  no início do século XX, moravam quase 100,000 pessoas, uma população maior do que muitas cidades brasileiras no século XXI. Era uma população maior, por exemplo, do que a atual cidade de Armação dos Búzios.







Com uma densidade demográfica tão grande, ficava muito difícil encontrar espaço para morar. Foi em busca deste espaço, que as populações ricas desta e de outras freguesias começaram a se deslocar para os “subúrbios” da cidade.
Mas, na medida em que as reformas que embelezavam a cidade, tornavam também o preço do solo mais alto, fazendo com que estas populações mais pobres também  migrassem  destas áreas densamente povoadas, para os “subúrbios” onde morava a população mais rica. Aí começaram os problemas. A cada dia, os proprietários das enormes casa e chácaras viam chegar mais famílias de lavadeiras, estivadores, carregadores, sabe-se lá mais o quê, a morar nas casas de cômodos que começavam aparecer aqui, e ali no bairro de Botafogo.

Se olharmos para um mapa da época, podemos perceber sem muita dificuldade, que territorialmente o Rio de Janeiro era uma cidade com um centro extremamente povoado, mas com extensas áreas praticamente desertas. Ao Norte, estas áreas cobriam o que hoje conhecemos a Leopoldina e a Zona Norte, e ao Sul, os bairros da Zona Sul.

O romance de Aluisio de Azevedo, mostra como ricos e pobres passaram a conviver em uma área que antes era um “refúgio” daqueles primeiros moradores mais ricos. Na verdade, eles não estavam nem um pouco dispostos a negociar espaço para estes novos moradores. No entanto, em nenhum momento, estes conflitos permitem perceber que a condição de “suburbano” tivesse algum significado pejorativo.
Foi no momento em que a expansão da cidade ganhou uma outra frente, com a expansão da malha ferroviária da Estrada de Ferro Central do Brasil para a Zona Norte e Leopoldina, que o sentido do termo “suburbano” foi alterado completamente. O carioca inventou, por assim dizer, um sentido completamente novo para o termo, sem paralelo em outras cidades do mundo. Aqui, no contexto do Rio de Janeiro, “suburbano” passou a ser identificado cada vez mais com os operários pobres e incultos que antes habitavam o cortiço descrito por Aluisio de Azevedo. “Suburbano” passou a ser então condição de vida, e não mais apenas aquele lugar distante do centro da cidade.

Já se falou que o subúrbio do Rio de Janeiro era o lugar onde o Sol não brilhava, distante da sofisticação de estilo de vida das classes médias. Se utilizássemos como escala temporal a longa duração, poderíamos dizer que o século XX, na história da cidade do Rio de Janeiro foi o momento em que o “suburbano” foi inventado, com todas as conotações pejorativas e peculiaridades que o termo ainda hoje carrega.

Mas, como nada debaixo deste sol fica parado, assistimos hoje à uma tentativa de que os significados deste termo “suburbano” sejam mais uma vez modificados. Cada vez mais, no Rio de Janeiro assistimos a um fenômeno muito interessante, a da construção de uma identidade positiva deste ‘suburbano”. Este movimento é percebido em inúmeras manifestações culturais, a valorização do samba e do Funk, a busca do resgate da história local e também das histórias de vida das pessoas que ajudaram a fazer do subúrbio do Rio de Janeiro o que é hoje.

O “suburbano”, esta invenção da história urbana do Rio de Janeiro mostra que tem muitas vidas.  

TEXTO : PROFESSOR ZABRISKIE POINT 

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terça-feira, 20 de agosto de 2019

UM PROBLEMA CHAMADO CORDOVIL.



 O bairro de Cordovil tornou-se um grande problema para a municipalidade e para o Estado. Nos anos 90, a cidade Alta era uma comunidade considerada tranquila, sem muitos problemas ou tensões devido a invasões, tinha seus problemas, mas no geral era tranquila. Seus moradores gostavam do clima e conviviam bem com os problemas.

De 2016 para cá, a comunidade vem sofrendo com invasões e problemas com tiroteios e troca de facções. O bairro, consequentemente, sofre com inúmeros assaltos e falta de uma estrutura descente de vida. Mas esses problemas sociais, o bairro carrega desde seu nascimento. 

https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2018/07/5554485-moradores-relatam-intenso-tiroteio-na-cidade-alta.html

Antes fazenda, o bairro foi loteado para que pessoas de classe médias baixas pudessem comprar seus terrenos e ali, construíssem seus bens e populariza-se a nova região. Porém, como boa arte do subúrbio, o local foi loteado, terrenos vendidos e sem a menor estrutura física para comportar os moradores. Problemas de falta de água, luz, transportes e segurança sempre foram uma constante no bairro

1926- reportagem mostrando os problemas gerais do bairro .




Para entender esse processo convido a todos voltarmos no tempo, na formação do novo centro da cidade, a grande reforma promovida por Pereira Passos.

No livro “Evolução Urbana” Mauricio de Abreu ele mostra todos os processos de evolução urbana da cidade, mostrando inúmeros fatores que proporcionaram as obras de melhorias do centro e o afastamento dos pobres para a Zona Rural carioca. O governo carioca sempre esteve ao lado das elites, e o desejo das mesmas sempre foram estar próximos ao centro nervoso e econômico da cidade, o que poderíamos pensar que, uma massa pobre e trabalhadores incomodaria e impossibilitaria a existência de ambos no mesmo loca.

O modelo americano não foi implantado na cidade, modelo esse que seguia regras bem rígidas, regras essas que os ricos são levados para as periferias e a massa trabalhadora fica perto dos centros econômicos, possibilitando assim a economia de passagens e moradias, e os mais ricos ficariam longe das confusões e de contato constante com os operários. Já na cidade maravilhosa, isso foi bem diferente, no nosso caso o núcleo da cidade é o local mais importante da mesma, ela é uma região mais valorizada, e as periferias apresentavam uma escassez de recursos e lugares descentes para as elites, devido a isso, um trabalho em conjunto entre Pereira Passos e as elites, promoveram um êxodo em direção a lugares como Cordovil, Brás de Pina, Ramos, entre outros.

 "Depois do Golpe de 1889 o Rio de Janeiro vai experimentar uma grande evolução urbana, locais até então consideradas zonas rurais vão aos poucos sendo incorporada a cidade, sendo iniciado um processo de urbanização que vai trazer muitas pessoas para regiões inóspitas. Quando falamos de bairros como Cordovil, Brás de Pina entre outros, devemos atribuir seu surgimento principalmente aos trens, pois a necessidade de lotear esses terrenos era urgente, pois o processo urbano da cidade influenciado pelo capitalismo viu que o pobre não deveria ter lugar no centro e nos bairros emergentes, que para a cidade evoluir, era necessário realizar uma obra de urbanização onde o pobre fosse afastado do lugar de trabalho, já que com a nova visão de cidade, o custo de vida do centro seria muito maior. A estrutura do espaço das novas cidades tem muito a ver com os conflitos entre classes, a luta pelo domínio territorial, elitizar uma zona em detrimento a outra, e como o governo recém-posto no poder apoiava os planos das elites, foi o ambiente perfeito para a separação social definitiva.( Paulo, 2016).

“A estrutura espacial de uma cidade capitalista não pode ser não pode ser dissociada das práticas sociais e dos conflitos existentes entre as classes urbanas. Com efeito, a luta de classes também se reflete na luta pelo domínio do espaço, marcando a forma de ocupação de solo urbano. Por outro lado, a recíproca é verdadeira: nas classes capitalistas, a forma de organização do espaço tende a organizar e assegurar a concentração de renda e de poder na mão de poucos, realimentando os conflitos de classes” (ABREU,2013,p.15).

Esse novo patrão de cidade divide o terreno em núcleo e as periferias, onde esse núcleo concentra as funções centrais (econômica, administrativa, financeira, políticas e culturais) e a periferia concentrando as famílias de classe média baixa. Foi nessa conjuntura que a família Cordovil viu a oportunidade de ganhar um dinheiro vendendo em definitivo suas terras para Visconde de Moraes (1848-1931).

O velho visconde promove a venda de terrenos e o local foi crescendo, as pessoas eram atraídas pela calmaria do lugar, um morro com um pequeno lago, uma praia próxima e um grande rio que fornecia peixe a vontade para os primeiros moradores. Mas o que os moradores não esperavam era o completo abandono do poder público.




Água, luz, segurança e estradas, nada disso o bairro possuía e, segundo os antigos, isso demorou muito a chegar, inclusive isso é constatado nas reportagens dos jornais de época. As primeiras reportagens eram bem comuns ver assaltos, pessoas invadindo casas e suicídios na linha do trem. Logo depois vemos o problema que persistiu no bairro durante 20 anos (no mínimo).






A grande reclamação dos moradores era a falta d’água. Mas isso não fazia o menor sentido pois o reservatório da Penha, inaugurado em 1914 estava numa distância pequena e seria o suficiente para abastecer o pequeno povoado. Sendo que fiz uma pesquisa para descobrir o porquê da falta de água com um reservatório tão perto e descobri que em 1920, devido a um erro humano, houve muita pressão na tubulação que levava água até o bairro e a mesma estourou, o concerto, pasmem os senhores, levou vinte anos para ser concertado, nesse período, pouquíssima água chegava até o local, sendo necessário o uso das famosas bicas públicas para o abastecimento de água.

Apensar de alguns periódicos mostrarem alguns melhoramentos no bairro, os antigos sempre falam que o bairro, apesar de lindo, sofria de carência de tudo e sua população se sentia cada vez mais abandonada. Alguns relatos de visita de políticos, melhorias aconteceram mais não foi o suficiente para tornar um bairro mais agradável.






 O bairro hoje, nada mais é que o resultado do processo histórico, algo que se arrasta lá do passado, que vem piorando a cada mês que se passa. Os moradores e esse historiador que vos escreve, espera que o bairro consiga, em algum dia, ser o tão sonhado bairro para sua população trabalhadora.

1918- decreto municipal oficializando as ruas de Cordovil, isso iria trazer melhorias para o bairro.

Horários dos trens em Cordovil


Com a falta de água, foi necessário a inauguração de bicas públicas. Essa ficava onde hoje está a escada da estação de trem .


 Foto doada pelo Tiago Bandeira, fundador da página Memória do Subúrbio Carioca e Jornais Antigos 




segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Melo Tênis Clube: Nosso clube campeão


Começa o século XX, o Rio de Janeiro sofre grandes transformações devido a políticas habitacionais, pobres são deslocados de ruas moradias, jogados a quilômetros longe de seu trabalho, sua diversão, sua vida. O período conhecido por muitos por “Bella époque”, significaria o nascimento de muitos bairros cariocas, principalmente do subúrbio.

Levados a terras inóspitas, sem transporte decente e infraestrutura aceitável, essas pessoas precisavam criar locais e “afazeres” para se distrair. Nesse mesmo momento, um esporte estava se tornado cada vez mais popular, o futebol, isso criando uma explosão de clubes por todos os bairros, clubes amadores que ajudaram no desenvolvimento dos bairros, a criação de ídolos locais e a expansão dos esportes.

Muitos desses clubes tiveram seu auge nos anos 50 a 70, bailes, festas, concursos e campeonatos de tudo que é tipo de esporte eram praticados, pessoas frequentavam atrás de diversão e dança, paqueras e momentos inesquecíveis. Todo bairro tinha um clube social para chamar de seu e isso não seria diferente na Vila da Penha.
1961- RADIOLANDIA- ÁLVARO DA COSTA MELO

O Melo nasceu para homenagear um homem que fez muito pelo subúrbio , um grupo de moradores se reuniu com esse senhor para construir e fundar o clube que seria o orgulho de nosso bairro , antes de falar sobre o clube , vamos falar um pouco sobre o homenageado : Alvaro da Costa Melo.

Melo: o Homem!

Melo - direita da foto

Álvaro era um português que, como muitos outros, chegou ao Brasil para tentar vencer no mundo dos negócios, mas sua história começa no dia de seu nascimento, dia 12 de junho de 1905 no lugarejo de Infias na Serra Estrela.

A família possuía uma lavoura pequena aonde Mello trabalhava quando criança, assim poderia ajudar na renda familiar. Em determinado momento, quando sua família viva uma crise financeira, pegou seu irmão Valentim e viajou para os EUA onde lá trabalhou na construção civil, Mello Tinha apenas 16 anos.

Aos 22 anos decidiu tentar a vida no Brasil, chegou aqui em terras tupiniquins no final dos anos vinte, onde conseguiu emprego de motorneiro do Bonde 50/90. Mas Àlvaro sempre foi conhecido como um cara honesto e inteligente, mas de cabeça muito esquentada, tanto que em pouco tempo de trabalho, em uma discussão com seu fiscal, aplicou um soco nele, acabou sendo despedido e voltou para Portugal, mas seria por pouco tempo.

Anos se passaram e o homem se tornou um empresário já bem-sucedido, com várias padarias pela região, decidiu investir na construção civil. Seu primeiro empreendimento na área foi à compra de um grande terreno na praça do Carmo (entre Av..Brás de Pina e Estrada Vicente de Carvalho) no final dos anos 40, local esse que era um lugar pobre e vazio, sem atrativo algum, apenas um pequeno Vilarejo que, aos poucos foi sendo modificado pelo espírito empreendedor de Mello. Assim que construiu o edifício, comprou mais três terrenos e construiu lojas, apartamentos e um grande cinema.

Quem quiser conhecer um pouco mais sobre o homem é só acessar:

O Clube
1962- Piscina do Melo bem frequentada

Álvaro da Costa já era um homem bem-sucedido, já tinha vários empreendimentos e ajudava a desenvolver os bairros onde tinha sua presença. Moradores que conviveram com o homem diziam o quanto era uma pessoa determinada e que queria que o subúrbio se desenvolve-se, avança-se pelo lado social. A população que sempre “rasgou” elogios ao Álvaro era o povo da Vila da Penha.
Ao perguntar a alguns moradores e pesquisando em jornais antigos, achei fontes apontando que a iniciativa de levantar um clube foi da população, que gostaria de uma área de lazer e homenagear a pessoa que tanto lutava para melhorar a infraestrutura suburbana. A ideia chegou aos ouvidos do Álvaro através de um morador chamado Lafaiete Uslani, logo o comerciante gostou e fizeram uma reunião, lá ficou definido que a parte administrativa seria igual à do co-irmão mais velho e famoso, Tijuca Tênis clube e que uma área seria comprada para construção da sede.

A inauguração se deu em 1956 com uma grande festa para moradores e celebridades da elite carioca, que marcaria o clube nos primeiros anos. Era normal ver festas dedicadas a pessoas da elite. Shows de carnaval, bailes, festas em homenagem ao tri campeonato mundial da seleção de 70, várias foram as noites de farra e festejos. Foi registrado até um show do Planet Hemp na quadra do clube nos anos 90.


 Em 1957 a diretoria do clube resolveu abrir concorrência pública para a construção da cobertura do recente clube.

Em 1959 houve alguns eventos muito importantes, inclusive um concurso para escolher a Miss Guanabara que representaria o estado na miss Brasil. Também nesse mesmo ano, o clube participou do campeonato carioca de futebol de salão, organizado pela FMFS. Também o Melo venceu um concurso de bailes e a festa em comemoração foi longe, inclusive com relatos de confissão na rua devido a bebedeira.

O ano de 59 foi o ano: além de ganhar o prêmio de cidadão carioca, Àlvaro promoveu um grande churrasco para inaugurar a piscina do clube, o local é sempre elogiado pelas belas instalações. A piscina já magnífica foi reformada em 1961 e teve a presença do campeão mundial de natação Manoel dos Santos.




                      
Em 1961 houve o campeonato da Guanabara de Halterofilismo , com exibição de vários rapazes em trajes menores , mostrando todo o resultado de anos de musculação intensa.



Sergio Cabral também marcou presença no clube, infelizmente.

1962- noite de baile e do cinema internacional no clube. Celebridades do cinema estavam em peso na Vila da Penha para a festa promovida pela diretoria.