quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

IGREJA DA PENHA NO ANO DE 1950- FOTOS DE UM POVO DE FÉ!
ROMEIROS VINDO DA COMUNIDADE DE MARIA ANGU, VALE TUDO PELA FÉ A fé sempre foi um dos pontos forte do suburbano. Criado em meio as dificuldades do dia a dia, recorrer a um poder divino é quase que cultural para nossos moradores. Católicos, evangélicos, espiritas, cultos afro-brasileiros e tantas outras crenças arrastam milhares de pessoas todos os dias para seus locais de adoração.
A ESMOLA ,A DANÇA - TRISTEZA E ALEGRIA HABITANDO NO MESMO LUGAR Festas religiosas é o que não falta na zona Leopoldinense . Quem nunca foi nas festas da Santo Antônio do Quitungo , da Igreja de Santa Cecília em Braz de Pina, da Bom Jesus da Penha ou da São Sebastião de Lucas ? Todas elas com sua importância e que são aguardadas durante todo o ano. Mas hoje eu irei abordar com fotos maravilhosas, a festa religiosa mais tradicional do subúrbio ,a Festa da Penha. Toda informação e foto extraídos para a construção do texto foram tirados do periódico “REVISTA DA SEMANA” de 1950, que mostra a festa por vários aspectos, da celebração da festa, da fé, do pedido de esmola e da “malandragem de alguns”. Os romeiros partiam de todos os lados, zona norte, zona sul, de carroça, barco ou em cima de caminhão, o “lance” era chegar à festa da Penha, celebrar a fé e curtir uma boa música e comida.
Nessa época a Penha ainda era conhecida como região agreste- termo usado pelo periódico- o que faz todo o sentido, já que nessa época ,apesar dos avanços estruturais e com industrias em seus terrenos, a Penha ainda conseguia preservar o ar do campo com locais ainda de presença forte desse tipo de natureza.
A igreja imponente em cima da colina, com seus 365 degraus era de fácil chegada , menos quando chovia , que os acesso se resumiam a apenas um : pela rua Nossa Senhora da Penha, os caminhos em volta do morro ficavam impossíveis de passar .O jornal descreve como as pessoas, em todos os dias do ano, sobem em direção a igreja e clamam pelo poder divino , muitos subiam as escadas duas vezes por ano, uma para pedir e outra para agradecer .
“Nacionais, estrangeiros, brancos, “pretos”, ricos e pobres, não há distinção de classes, não há diferença de sorte. Enquanto uns vão em busca do milagre, outros vão para se divertir, e assim é a vida ... Mas o que permanece é a fé católica”. Abdias Rodrigues – repórter. As fotos que se seguem mostram um pouco de como é a veneração do povo , como a fé trás pessoas de longe para saborear a vista e rezar por quem ama.
UM BEM PERDIDO : HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO
ENTRADA PRINCIPA DO HOSPITAL Um hospital abandonada que poderia ajudar de mais a população carioca, já foi referencia para tratamento de doenças graves e hoje não passa de um local abandonado graças ao governo do estado. Hoje apresento a todos o HOSPITAL SÃO SEBASTIÃO, EM TODA SUA GLÓRIA.
Até 2017, ele abrigava pacientes com casos de febre amarela, mas suas instalações estavam resumidas a um prédio velho com poucas condições de uso. Com mais de 130 anos de história, hoje funciona no quarto andar do Hospital dos Servidores. Inaugurado ainda no Reinado de D. Pedro II com uma festa monumental, já teve 500 leitos e foi sistematicamente desmontado até que 2008 foi retirado do local e passou por 3 locais antes de se estabelecer nos servidores. O que resta lá –até 2017- são instalações antigas, com “pacientes moradores” que sobrevivem num local sem condições e abandonado pelo governo do estado. Mas a intenção do texto é mostrar o hospital nos seus melhores dias, quando ele ficava de frente a praia do Retiro saudoso no Caju e que cuidava da população mais pobre. As fotos e a base do texto foram retiradas do periódico “VIDA DOMESTICA DE 1930”.
Mesmo em meio a uma crise grave financeira e industrial, o governo carioca conseguiu realizar uma grande obra e inaugurar ou reinaugurar um hospital de excelência na cidade. Com “mãos a obra” e em meio a dificuldades, a façanha do governo foi digna de aplausos e de felicidade para a população, não apenas do Caju, mas para toda a cidade. A melhora das instalações é percebida por todos. A saúde pública sempre foi considerada um problema enorme no Brasil e o VIDA DOMESTICA está fazendo uma serie de matérias mostrando as condições dos hospitais públicos do Rio de Janeiro e logo na primeira visita se surpreendeu com o que viu. O hospital fica na colina de frente a praia do Retiro Saudoso no Caju e com uma bela vista, uma brisa suave um pôr do sol magnífico, ajudava no tratamento e os pacientes ficavam mais calmos. P presidente da república ressalta a importância do local e disse que não houve comprometimento da verba.
O plano compreende em 12.313 metros, com 17 novos pavilhões, isso sem contar com as residências dos empregados, instalações novas com duas cozinhas, raio x , caminhos bem cimentados para livre andar dos pacientes ,dois reservatórios gigantes de água com capacidade total de 60 mil litros de água , escola de enfermagem com ENFERMEIRAS – apenas mulheres – diplomadas pela Escola ANNA NERY. Um complexo moderno com luz elétrica e telefone instalado em todos os prédios e uma eficaz rede de esgoto para tratamento da água. O pavilhão de Isolamento para doenças infectuosas tem 108 leitos novos e confortáveis , com um rigor técnico jamais visto em outra instalação hospitalar e com os melhores aparelhos.
Vamos pensar o seguinte: Estávamos vivendo as consequências da crise de 1929, o mundo quebrado e com sérios problemas, mas o governo brasileiro conseguiu , de alguma forma, reformar e transformar o hospital São Sebastião um complexo novo . E como hoje, não conseguimos nem chegar perto ao que era feito no passado? Segundo reportagens de 2015, apenas um pavilhão ainda funcionava com alguns pacientes residentes e o resto do terreno foi invadido e transformado em favela. Na área onde atualmente estão os invasores, há um projeto para a construção de um conjunto habitacional.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

PEDRO ERNESTO E AS 10 ESCOLAS!
Em 1934, o então prefeito Pedro Ernesto anunciou a construção de 10 escolas em diferentes lugares de nossa cidade, inclusive participou do lançamento da pedra fundamental de todas elas.
“Não quis construir tão somente alguns prédios que marcasse a administração atual, mas apontar a solução total e oferecer uma demonstração de como pode ser a mesma executada em toda sua extensão, se houver continuidade de orientação e ação” PEDRO ERNESTO.
LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL EM CAMPO GRANDE Segundo o periódico, esse ano o prefeito estava fazendo uma série de obras pela cidade, incluindo escolas que era um dos grandes problemas. Claro que de uma forma tendenciosa, o jornal “rasga” elogios para o prefeito e todos os políticos que o cercava, devido ao trabalho realizado por toda a cidade.
A COMITIVA EM BRAZ DE PINA
MARIA DA GRAÇA
MARIA DA GRAÇA
REALENGO
PRAÇA BELMONTE OLARIA
RUA ABELARDO LOBO
RUA CORONEL RANGEL CASCADURA