quinta-feira, 17 de setembro de 2020

 

NÃO VOU FALAR DE ESCOLA, VOU FALAR DO BAIRRO

COLÉGIO!






Reclamação, uma situação constante para quem mora na zona suburbana da cidade.  Os bairros nasceram em volta dos Bondes e trens, mas pouquíssimos bairros receberam uma infraestrutura adequada para receber moradores, então podemos afirmar que esses bairros, de certa forma, de “fizeram sozinhos”?

O bairro do Colégio estava sofrendo muito no ano de 1936 com descreve o jornal A BATALHA, não nada de bom oferecido nem pelo governo e nem pela empresa de transporte. Mas uma vez vou transcrever uma reportagem da que vocês possam viajar no tempo e perceber que a luta por um bairro melhor é problemática antiga.

O serviço da E.F Rio D’Ouro era uma porcaria, verdadeiros lagos de água suja se acumulavam por todo o bairro, mosquitos e doenças, falta de policiamento...Um festival de reclamação

A reportagem ao caminhar pelo bairro do Colégio se viu assustada com  o total abandono do poder público, na verdade a reportagem pesquisou por dias vários bairros, mas nada parecido com o que iriam encontrar no bairro.

E.F.RIO D’OURO: è impossível deixar de notar que o quadro de horários dos trens do bairro é horroroso, ele fez o trajeto São Francisco x Colégio e percebeu o estado de abandono e horários confusos que não eram obedecidos. Os vagões da primeira classe estavam tomados de bichos e sujeira. Os colunistas deram “graças a Deus” por ter chego no local”.

Ao descer na estação deram de cara com a Rua Coronel Leitão e ali perto mais duas ruas em paralelo e percebeu um enorme brejo,fétido e cheio de bichos por perto, um estado de calamidade jamais vista, um lago de águas podres se formou em várias ruas por perto. A higiene das ruas é mitológica, podemos afirmar que é um milagre. E a reportagem deixa clara que não se sabia o que era mais suja: as ruas ou os trens.

A reportagem cita o termo “roça” descrevendo a visão de quando desceram, e destacou que a localidade ficava a minutos do centro da cidade e que seria inadmissível um lugar assim tão perto do centro econômico da cidade.  

Ao andar pelas ruas ao redor da estação, além do brejo, bichos e lagos de água podre, encontraram casa sem água e luz, ruas sem nenhuma iluminação pública, ruas de areia e lama.

LAGOS DE ÁGUA ESTAGNADA :A primeira Rua- Villa Souza-  que vai de encontro a Rua Coronel Leitão, tem uma espécie de praça e esse local que deveria receber famílias , recebia ratos e mosquitos, pois no local estava com litros e mais litros de água podre e lama  muito mal cheirosa. Um dos moradores relatou que gostaria muito de convidar o prefeito para ir até o local, para ver o que eles estavam passando.

O PERIGO PARA O TRâNSITO: Na rua segunda ,numa subida existente, o cujo calçamento se resume apenas no meio fio, há um buraco enorme. Segundo informações  que obtivemos dos moradores, os carros e caminhões passavam ali frequentemente. Não há uma bandeirinha ou nada que sinalize que o terreno era irregular e não bom para carros. Há eminência de um desastre era perceptível.

GENTE QUE SE CONFORMA: Os moradores do “Collegio” já se convenceram de que não adianta mesmo reclamar. Quanto ao capim se torna muito alto nas vias principais, os moradores pegavam as enxadas e partiam para o trabalho. Eles já faziam  isso a tanto tempo que pararam de reclamar.

MATA MOSQUITO E POLICIAMENTO: Observamos as valas imundas e cheias de toda a espécie de sujeira, perguntamos aos nossos informantes se os mata-mosquitos não desinfetam o local. A resposta foi bem esclarecedora:

-“ Os mata mosquitos”! AH! Os mata- mosquitos...Eles quando aparecem aqui só fazem questão de espiar dentro das moringas...Depois sai, pulam por cima das valas , fazem vista grossa e...caem fora...

O foi observado que dois desses trabalhadores estavam no botequim enchendo a cara e conversando alegremente bem no horário do expediente de trabalho.

Também tivemos a ciência que embora todos os impostos fossem pagos rigorosamente, isso incluía uma taxa de policiamento, os guardar mesmo não se via no bairro, polícia é algo que não existe no local.  

 


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