sábado, 26 de dezembro de 2020
sábado, 19 de dezembro de 2020
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
A FAVELA ESQUECIDA- O ESQUELETO
Uma
comunidade esquecida por todos que ainda permanece viva na memória dos seus
antigos moradores. Quando se estuda a política de remoção das comunidades
precisamos nos questionar um ponto : Interesse político e financeiro devido a
especulação imobiliária ou bondade do estado que visava o bem estar do pobre?
1953 O MUNDO ILUSTRADO |
Pessoas
foram removidas do Esqueleto, do pinto, de Maria Angú e de tantas outras
comunidades, foram jogadas para locais longe e desconhecidos e tiveram que
recomeçar suas vidas. Falando da comunidade do esqueleto , ela foi dizimada por
um incêndio enquanto alguns moradores ainda insistiam em ficar ali no local.
1953 O MUNDO ILUSTRADO - O INCENDIO ATINGE A COMUNIDADE |
A comunidade
surge após a construção do Estádio Mário Filho, onde um grupo de pessoas invade
um terreno onde ali estava sendo levantada um prédio que seria um hospital ,
essa unidade de saúde seria o HOSPITAL DE CLINICAS DA UNIVERSIDADE DO BRASIL .
1953 O MUNDO ILUSTRADO - O DESESPERO DO POVO PARA SALVAR SUAS COISAS
"A
remoção da Favela do Esqueleto foi consequência da política de remoções que o
Estado da Guanabara (sob o comando de Carlos Lacerda), em consonância com o
governo militar e com apoio dos Estados Unidos, efetuou durante os anos 1960,
transferindo, à força, moradores de favelas das regiões centrais da cidade para
conjuntos habitacionais longínquos. Em 1969, começou a ser construído, no
local, o campus da Universidade do Estado da Guanabara, aproveitando a
estrutura inacabada do hospital do INPS. O campus foi inaugurado em 1976, já
com o novo nome da universidade: Universidade do Estado do Rio de
Janeiro." - DIÁRIO DO RIO - 2019
Segundo a reportagem do Mundo Ilustrado de 1953, aponta um incêndio que aconteceu na comunidade, as fotos mostradas desse incêndio mostram o desespero das pessoas para salvar suas coisas. Segundo o periódico , a favela tinha 1500 moradores divididos em mais de 100 barracos . A origem do incêndio foi devido a um acidente com querosene , muito usado na época para coisas simples de como obter luz ou fazer uma simples comida .
Grande parte
das pessoas que comentam minhas postagens, relatam que a atuação de Carlos Lacerda como
governante carioca foi quase perfeita, que ele transformou a cidade num
canteiro de obras e melhorou em muito a infraestrutura de uma cidade bem velha.
A maior parte dos moradores do esqueleto foi transferida da a Vila Kennedy.
1953 -REVISTA O CRUZEIRO GANDULAS DO MARACANÃ MORAVAM NA FAVELA DO ESQUELETO |
1956 O CRUZEIRO -FAVELA CONSOLIDADA COMO LAR PARA MUITOS |
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
QUILOMBO DA PENHA: UMA HISTÓRIA ESQUECIDA.
Dia 20 de novembro estamos comemorando o dia da Consciência
Negra. Não apenas possamos lembrar-nos do Zumbi dos Palmares, mas devemos lembrar-nos
de tantos outros que lutaram para salvar a vida de seres humanos escravizados.
Podemos associar esse importante dia na história suburbana?
Claro que sim!
A negritude suburbana está presente em cada esquina, em cada
rua e vivenciamos a construção de nossa cultura baseada na africanidade
ancestral. O samba, a capoeira, as comidas são vestígios dessa cultura que foi
implantada na nossa região.
Ainda conhecida como zona rural, o
velho arraial da Penha teve um homem que lutou contra o racismo e a escravidão,
desafiando os poderosos e a própria igreja, adquiriu terras e “recriou” um
quilombo que tinha sido destruído em 1835, o Padre Ricardo tem profunda reação
com esse quilombo e veremos essa história agora.
Engana-se quem pensa que a
História do Quilombo da Penha se inicia apenas com o Padre Ricardo a partir de
1879. Segundo um registro feito, um juiz de Paz chamado João Marco de Souza foi afastado do processo acusado de
prevaricação , pois retardou o processo de acusação de negros que estavam
fazendo arruaça no morro do vai e vem ,
perto da região do morro da Penha, a ordem foi dada em 1835 mas devido
problemas de ordem administrativa não foi executada, porém o quilombo foi destruído
apenas em 1836.
A que consta o local ficou vazio
até a entrada do Padre Ricardo na Basílica da Penha, ele congregou na paróquia
entre 1879 a 1907 e foi sem dúvidas o padre mais importante da Igreja. Foi ele
que revolucionou a festa da Penha, mandou abrir a rua dos Romeiros e foi um pedido
dele a estação da Penha de trens, um homem que marcou a história da Penha. Mas
seu feito mais importante foi com certeza a recriação do Quilombo da Penha.
Ricardo era um homem de princípios
abolicionista e republicano, não concordava com o estio de governo monárquico,
mas possuía boa relação com a família real, tanto que foi ele que recepcionou a
comitiva da princesa Isabel quando a própria foi visitar a basílica. Segundo o
Jornal do Brasil de 1928, ele também era empresário e dono de uma pequena
fábrica de tijolos.
O padre percebeu que inúmeros negros
passavam pelas terras da basílica e se escondiam no terreno, foi quando ele
teve a ideia de criar um espaço para que essas pessoas pudessem se esconder, ao
mesmo tempo foi tocando seu projeto , abrindo ruas aos arredores e solicitando
melhorias para a região .
Na parte de trás do morro da
penha, onde hoje está o parque proletário e parte da Vila Cruzeiro, existia uma
velha chácara que o padre fez questão de comprar e transformar o local em
residência para os escravos fugidos , ali ele fornecia água fresca, comida a
vontade e deixava eles livres para cultuar sua ancestralidade. Após a abertura
de algumas ruas, o padre colocou uma cruz em um determinado loca, a fim de
abençoar e os moradores começaram a chamar a localidade de “Vila Cruz” , mais tarde ganharia outro
nome : Vila Cruzeiro! Inclusive a cruz sem encontra no mesmo lugar ( ou se
encontrava), está na rua Sargento Ricardo Filho( informação tirada da página
Vila Cruzeiro).Essa mesma Via Cruzeiro que já teve nome de Campo da Ordem e Progresso
, que ganhou esse nome graças a um morador da localidade: Sr. Sebastião
Benedito.
Para se chegar ao quilombo era só
seguir pela Avenida Braz de Pina até em frente ao portal da Penha, ou subia a
rua Nossa Senhora da Penha, ou entrava pela rua onde hoje está o Corpo de
Bombeiros.
Os negros vivam em paz no loca,
tanto que na festa da Penha, era comum ver eles no meio do povo, dançando e
vendendo produtos de diversas origens. Muitos deles se juntavam aos pés do
portal para dançar uma música que só eles sabiam, uma dança sensual e escandalosa
para os padrões da época, dança essa que mais tarde daria origem ao samba, o
famoso Jongo. A festa da Penha, por um breve período, foi democrática, onde
brancos e negros dividiam o mesmo espaço e negros poderiam exercer a liberdade
de falar, dançar e de viver!
Esse grande homem faleceu com 81
anos, segundo informações obtidas pelo que escreve, a igreja mal tem
informações sobre o Padre e a única homenagem a esse grande homem foi o nome
dado a uma travessa na Penha, um local pequeno e esquecido, ele merecia o nome
em uma Rua né!
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
LEOPOLDINA-
PRESENTE E PASSADO
UM TEXTO EM
COMEMORAÇÃO AOS 135 ANOS DA LEOPOLDINA
Essa semana
navegando pelas redes sociais, me deparei com um texto mostrando 15 pontos turísticos do
centro da cidade e me veio a mente uma reportagem dos anos 30, que mostrava 15
pontos turísticos da cidade e a igreja da Penha era a única suburbana no meio
de outros monumentos.
Para quem mora na região da Leopoldina, está cada dia mais difícil valorizar o local e isso se deve a inúmeros fatores, tais como o abandono do poder público, a falta de cuidados da própria população, a falta de investimentos, a desvalorização da sua história,etc.
campeonato de aeromodelismo em Manguinhos |
Trabalhar
com a história do subúrbio da Leopoldina é desvendar mistérios e entender como
uma parte importante da cidade se desenvolveu. Sendo de maneira geral ou abordando cada bairro numa visão micro social
, é importante mostrar que alguns lugares se desenvolveram bem diferentes de
outros. A estrutura e o modo de viver muda de bairro para bairro, na verdade eu
me arriscaria a dizer que pode ter casos de muda de rua para rua.
Observem,
quanto mais você se afasta do centro econômico da cidade, mais os problemas sociais vão ficando
mais evidentes, claro que respeitando certas particularidades e sabendo que há
exceções. Quando eu falo em analisar os bairros numa visão micro, é pesquisar e
fazer uma analise minuciosa de como surge as atuais estruturas e problemas,
respeitando e comparando os problemas com os bairros ao lado.
Sendo mais
específico, o bairro da Penha é mais desenvolvido que Braz de Pina, mas fica
atrás se comparado a Ramos, por exemplo, isso realizando uma observação nas
estruturas de moradia e desenvolvimento social e econômico. Assim como Braz de
Pina aparece de forma mais “avançada “ que Cordovil , Lucas e Vigário Geral.
Acima de
todos os problemas, nossa Leopoldina guarda verdadeiros monumentos e
patrimônios de todos os tipos que contam cada um de uma forma, o passado
glorioso que tivemos, mesmo com os problemas existentes na região.
A nossa Leopoldina está completando 134 anos, ou seja, a
estrada de ferro estava sendo construída e inaugurada em 1886 e isso podemos
confirmar em documentos oficiais onde foi construídas paradas de trens nesse
mesmo anos na Penha, Cordovil , Braz de Pina entre outras localidades, ou seja,
as primeiras “paradas” ou estações já apareceram desde 1886 e não em datas
posteriores de “modernização” das mesmas ou criação de bairros.
reparem nas datas das paradas criadas pela empresa |
A presença de pessoas nessa zona se dava muito antes disso, os
trens no começo não serviram de transporte para pessoas, mas de cargas de
produtos produzidos nas freguesias que cercavam as linhas férreas, com o tempo
isso foi mudando e com a ajuda do bonde- em certos lugares- o subúrbio
leopoldinense foi tomando forma.
Analisar a zona da Leopoldina é mais do que fazer um apanhado
geral da história, a complexidade da montagem do subúrbio requer anos de estudo
e aprofundamento e uma visão em micro sociedades. De homogêneo não temos nada,
de bairro para bairro, mudamos de forma brutal, acabamos nos tornando pequenos “mini-países”
de mesma língua mais estruturas sociais e de paisagem diferentes. Alguns locais
mais desenvolvidos devido a atuação de moradores ricos, lugares mais
desfavorecidos devido a não atuação do poder público, a máxima que o subúrbio
muda a cada rua se faz presente.
O que dizer de nossa região com tantos problemas? Mas mudemos
o foco, as belezas leopoldinenses encantam seus moradores e quem as visitam
,duvida?
Usando como base o belo mapa exposto pela página do instagran
“Reoriente” (https://www.instagram.com/projeto_reoriente/?hl=pt-br)
o subúrbio leopoldinense tem em sua geografia 16 bairros :
TRIAGEM – MANGUINHOS- MARÉ- BONSUCESSO- COMPLEXO DO ALEMÃO-
RAMOS- OLARIA –PENHA- VILA KOSMOS-PENHA CIRCULAR-VILA DA PENHA- BRAZ DE PINA-
CORDOVIL-PARADA DE LUCAS- VIGÁRIO GERAL E JARDIM AMÉRICA.
Todos esses bairros formam uma rede histórica sem
precedentes, cada um com sua formação particular, cada um nasce de uma forma
diferente, com classes sociais diferentes, embora os problemas são comuns a
todos. Mas vejam que dentro desses bairros – banhados quase todos pela Baía de
Guanabara- muita coisa existia para a diversão dos cariocas da cidade
verdadeira. Os relatos de banhos na Praia da Morena e de Maria Angú, pescado em
Ramos, o movimento de embarcações no Porto de Inhaúma, a visita ao mangue para
caçar caranguejos, a construção de um bairro maravilha do zero, a venda dos
terrenos por diversas Cia. Imobiliárias. Assunto esse que daria livros e livros
de tanta informação.
Podemos listar aqui vários pontos turísticos e monumentos que
contam nossa história, a maioria em péssimo estado de conservação ou
completamente abandonados, mas nós estamos brigando e lutando a cada dia para
resgatar a nossa dignidade, a nossa história e mostrar nosso verdadeiro valor.
Falar de cada bairro torna-se impossível para um texto
pequeno, mas algumas informações podemos sim colocar para esclarecer ao caro
leitor. Toda pesquisa feita por mim e tantas outras páginas são fundamentadas
na busca de fontes primárias e secundárias, ficamos horas em arquivos,
conversas e palestras levantando informações para passar o melhor para vocês.
Contando um pouco sobre a empresa Leopoldina Railway, a empresa
se chamava RIO DE JANEIRO NORTHERN RAILWAY , também chamada de Estrada de Ferro
do Norte e teve um papel importantíssimo na história. Ela passava pela região
conhecida pela sua orla bela e cheia de pequenos portos que abasteciam o centro
da cidade, ela ligaria diversos centros de pequenos “núcleos urbanos”( Maurício
A. Abreu), isso facilitou a acessibilidade a esses locais , já que estradas mal
existiam . Esses pequenos núcleos urbanos receberam poucos investimentos
públicos para sua formação e em alguns lugares na verdade, quem ajudou a abrir
ruas, iluminação e a busca pela água formam os moradores mais ricos e
influentes que permaneceram nos locais- Lobo JR, família Rego, entre outros.
A chegada de várias pessoas de culturas e estilos diferentes ajudou
a formar o subúrbio atual, claro que o governo e a classe média fez questão de
destruir e denegrir a palavra subúrbio, desconstruindo seu verdadeiro significado
e transformando em locais “infernais. Um projeto ideológico que se arrastou
anos e sendo combatido com maior força e voz depois do advento da internet, que
deu voz a nós suburbanos, para mostrar que as maravilhas da cidade não estão
apenas no Centro da lá e na Nova “zona Oeste, aqui existe problemas, mas existe
maravilhas e locais para serem explorados.
sábado, 19 de setembro de 2020
A verdadeira
data da criação de Cordovil.
Para um
historiador, a busca de fontes para comprovação de fatos que aconteceram no
passado é o triunfo principal da profissão. Através de documentos, elaboramos
teses e montamos uma “colcha histórica”, procurando ser o mais fiel o possível
ao que aconteceu.
Ao iniciar as
pesquisas sobre Cordovil antigo, sempre me incomodou o fato da data da criação
do bairro, pois ela foi determinada através da política para agradar aos
moradores, sem fundamento ou pesquisa para aprofundamento. Serei mais detalhista.
A formação dos
bairros suburbanos (como estamos carecas de saber) se deu basicamente ao
advento do trem e do bonde, os primeiros moradores procuravam morar o mais
perto dessas paradas dos trens, pois teriam acesso a mercadorias mais frescas e
um modo mais fácil de locomoção.
Infelizmente
fizeram de Cordovil um curral eleitoral
de uma cerca família representada por uma antiga vereadora que só aparece em
época de eleição, pois bem, essa vereadora determinou a criação do bairro , na
minha visão sem uma pesquisa histórica aprofundada. Oficialmente o bairro
nasceu dia 5 de outubro de 1910 devido a lei nº 989/2002, dessa, porém no livro
de Waldir Fontoura nos mostra que existia um local onde o trem parava para
descarregar produtos e embarcar os mesmos, essa primitiva estação estava na
direção da Rua Cordovil, que foi construída para além de trazer e levar
produtos agrícolas, levava também produtos para a construção de locais para
captação de água de mananciais de Tinguá e Xerém.
Esse livreto
me chamou atenção e por anos busquei alguma prova para desmentir a informação ,
se há registro de uma parada antes da estação e existia moradores já em 1880,
Cordovil é mais velho do que pensamos.
A primeira
fonte que achei que comprova que a “parada Cordovil” existiu foi achado em
jornais antigos, no ANUÁRIO ESTATISTICO DE 1946, onde a reportagem mostra bem claro a data da
fundação da estação de Cordovil ou Parada Cordovil, 23 de outubro de 1886, ou
seja , nos dias atuais, Cordovil não teria 110 anos, mas na verdade teria 132
anos.
A segunda
fonte e decisiva que me inspirou a escrever esse texto foi achada hoje, dia 19 de setembro de 2020,
onde a reportagem do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, deixa claro que existia a “ESTAÇÃO DO
CORDOVIL”, em 1888 ou seja, dois anos depois do 1886.
Isso só mostra que quando se envolve
interesses políticos onde não se devia, a história verdadeira se perde e somos
enganados em nome do voto. Esse ano Cordovil oficialmente completará 110 anos,
mas o certo, levando em consideração esses fatores, deveria completar 132 anos.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
NÃO VOU FALAR DE ESCOLA, VOU FALAR DO
BAIRRO
COLÉGIO!
Reclamação,
uma situação constante para quem mora na zona suburbana da cidade. Os bairros nasceram em volta dos Bondes e
trens, mas pouquíssimos bairros receberam uma infraestrutura adequada para receber
moradores, então podemos afirmar que esses bairros, de certa forma, de “fizeram
sozinhos”?
O bairro do
Colégio estava sofrendo muito no ano de 1936 com descreve o jornal A BATALHA,
não nada de bom oferecido nem pelo governo e nem pela empresa de transporte.
Mas uma vez vou transcrever uma reportagem da que vocês possam viajar no tempo
e perceber que a luta por um bairro melhor é problemática antiga.
O serviço da
E.F Rio D’Ouro era uma porcaria, verdadeiros lagos de água suja se acumulavam
por todo o bairro, mosquitos e doenças, falta de policiamento...Um festival de
reclamação
A reportagem
ao caminhar pelo bairro do Colégio se viu assustada com o total abandono do poder público, na verdade
a reportagem pesquisou por dias vários bairros, mas nada parecido com o que
iriam encontrar no bairro.
E.F.RIO D’OURO:
è impossível deixar de notar que o quadro de horários dos trens do bairro é
horroroso, ele fez o trajeto São Francisco x Colégio e percebeu o estado de
abandono e horários confusos que não eram obedecidos. Os vagões da primeira
classe estavam tomados de bichos e sujeira. Os colunistas deram “graças a Deus”
por ter chego no local”.
Ao descer na
estação deram de cara com a Rua Coronel Leitão e ali perto mais duas ruas em
paralelo e percebeu um enorme brejo,fétido e cheio de bichos por perto, um
estado de calamidade jamais vista, um lago de águas podres se formou em várias
ruas por perto. A higiene das ruas é mitológica, podemos afirmar que é um
milagre. E a reportagem deixa clara que não se sabia o que era mais suja: as
ruas ou os trens.
A reportagem
cita o termo “roça” descrevendo a visão de quando desceram, e destacou que a
localidade ficava a minutos do centro da cidade e que seria inadmissível um
lugar assim tão perto do centro econômico da cidade.
Ao andar
pelas ruas ao redor da estação, além do brejo, bichos e lagos de água podre, encontraram
casa sem água e luz, ruas sem nenhuma iluminação pública, ruas de areia e lama.
LAGOS DE
ÁGUA ESTAGNADA :A primeira Rua- Villa Souza- que vai de encontro a Rua Coronel Leitão, tem
uma espécie de praça e esse local que deveria receber famílias , recebia ratos
e mosquitos, pois no local estava com litros e mais litros de água podre e
lama muito mal cheirosa. Um dos moradores
relatou que gostaria muito de convidar o prefeito para ir até o local, para ver
o que eles estavam passando.
O PERIGO
PARA O TRâNSITO: Na rua segunda ,numa subida existente, o cujo calçamento se
resume apenas no meio fio, há um buraco enorme. Segundo informações que obtivemos dos moradores, os carros e
caminhões passavam ali frequentemente. Não há uma bandeirinha ou nada que
sinalize que o terreno era irregular e não bom para carros. Há eminência de um
desastre era perceptível.
GENTE QUE SE
CONFORMA: Os moradores do “Collegio” já se convenceram de que não adianta mesmo
reclamar. Quanto ao capim se torna muito alto nas vias principais, os moradores
pegavam as enxadas e partiam para o trabalho. Eles já faziam isso a tanto tempo que pararam de reclamar.
MATA
MOSQUITO E POLICIAMENTO: Observamos as valas imundas e cheias de toda a espécie
de sujeira, perguntamos aos nossos informantes se os mata-mosquitos não desinfetam
o local. A resposta foi bem esclarecedora:
-“ Os mata
mosquitos”! AH! Os mata- mosquitos...Eles quando aparecem aqui só fazem questão
de espiar dentro das moringas...Depois sai, pulam por cima das valas , fazem
vista grossa e...caem fora...
O foi
observado que dois desses trabalhadores estavam no botequim enchendo a cara e
conversando alegremente bem no horário do expediente de trabalho.
Também
tivemos a ciência que embora todos os impostos fossem pagos rigorosamente, isso
incluía uma taxa de policiamento, os guardar mesmo não se via no bairro,
polícia é algo que não existe no local.